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Entre canais suspensos no tempo e paredes cobertas de sal e silêncio, Joseph Brodsky escreve o seu hino íntimo a Veneza — cidade que, para ele, não é apenas lugar, mas estado de alma.
Neste retrato que é também um espelho, Brodsky passeia por ruas inundadas de luz baça, contempla a arquitetura como quem lê poemas em pedra, ouve o murmúrio das gôndolas e prova, nos sabores da cidade, a memória do mundo.
Mas esta não é só a Veneza da História — é a Veneza da solidão e do amor, dos invernos passados, dos amigos distantes e dos rostos que o tempo desfez. É a cidade onde a água parece pensar, e onde a morte caminha sem pressa pelas praças submersas.
Com a força de um poeta exilado e a delicadeza de um homem que amou demais o que é transitório, Brodsky compõe uma elegia luminosa sobre a beleza que insiste em resistir.
Marca de Água é, ao mesmo tempo, um diário, um ensaio, uma carta de amor — e um último sussurro antes da cidade desaparecer no nevoeiro.
Tradução: Ana Luísa Faria
Colecção: Clássicos Contemporâneos
Data de Publicação: 1999
Capa Dura
88 Páginas