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Era uma vez um velho escritor que se cansou da América.
Chamava-se Ambrose Bierce, conhecia o sarcasmo como quem conhece as cicatrizes da alma. Em 1913, atravessou a fronteira para o México com uma mala leve e um desejo pesado: morrer com dignidade, talvez fuzilado, talvez em paz, mas nunca tropeçado numa escada.
O que o esperava do outro lado era mais do que morte — era um país em revolução, uma mulher dividida entre dois mundos e um general chamado Tomás Arroyo, nascido do ventre da terra e da raiva.
Neste romance onde os desencontros valem mais que os encontros, Fuentes entrelaça História e ficção, sangue e silêncio, para falar daquilo que nunca se pode realmente traduzir:
— a nostalgia de uma pátria nunca vivida,
— o amor que não se consuma,
— o desejo de morrer com honra num país que não é o nosso, mas nos entende melhor que o nosso próprio lar.
“O resto é ficção”, escreve Fuentes.
Mas dentro dessa ficção arde uma verdade profunda sobre identidade, pertença, linguagem e liberdade.
Tradução: António José Massano
Colecção: Clássicos Contemporâneos
Data de Publicação: 1999
Capa Dura
187 Páginas