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Durante a epidemia de cólera de 1883, encontram-se em Alexandria duas equipas de microbiologistas: a francesa, de discípulos de Louis Pasteur, e a alemã, chefiada por Robert Koch. Embora irmanadas no objectivo comum de descobrir o agente da cólera, há entre as duas equipas uma forte rivalidade, devida, não só ao desejo de primazia no sucesso científico, mas também à animosidade entre representantes de duas grandes potências europeias que se tinham guerreado poucos anos antes.
Sobre este pano de fundo, Mariana Bettencourt, médica com formação em microbiologia e grandes conhecimentos de História da Medicina, imagina um romance cândido, ou mesmo ingénuo, entre Gertrud Koch e Louis Thuillier.
Mas este é apenas um pretexto para uma colorida e bem documentada descrição de Alexandria e dos problemas sanitários da época e, sobretudo, para relembrar o esforço duma plêiade de Homens que, nos finais do século XIX, criaram as bases da epidemiologia e da microbiologia científicas, cujos nomes ficaram indelevelmente ligados aos micróbios que descreveram e que, por vezes, pagaram com a vida e o seu amor à Ciência e à Humanidade.