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Histórias para crianças, contadas a adultos? Postais para adultos, lidos a crianças? Romance de terror, ou para meter medo ao medo? Relatos fantásticos, ou retratos do quotidiano banal? Sonhos ou pesadelos? Alucinações ou pressentimentos? Memórias de infância, ou ecos de outro universo?
O herói, um fedelho chamado Miguel, com a mãe doente e o pai ausente, não tem superpoderes (aliás, possui superfraquezas), gosta de trocadilhos e pirraças, mas não é para brincadeiras: pode vencer os grandes deste mundo, e dos outros.
Trata-se da primeira visita de Nuno Rogeiro ao continente da ficção. Na sua pré-história, este livro era uma série de contos, destinada a convencer os filhos do criador a comerem. A comerem alguma coisa.
Depois, galgou as margens e tornou-se incontrolável.
Ganhou vida.
Com um pequeno ensaio «pedagógico» (ou subversivo?), ilustrações do autor, homenagens aos clássicos do género (qual?), e alguns desafios aos leitores, aqui ficam, em prato raso, histórias para comer. Quer dizer, As Aventuras do Miguel.