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Quando «administramos» a nós mesmos um estímulo agradável (pense no seu preferido: correr, ler ou comer um gelado...), aumentam no nosso cérebro os níveis do neurotransmissor chamado dopamina, causando uma série de alterações que nos permitem desfrutar desse estímulo, concentrar-nos nele e afastar as preocupações da nossa mente. Em suma, a dopamina torna possível a sensação de prazer, com um momento de felicidade, de satisfação, de bem-estar. Quanto mais intenso for o estímulo agradável, mais o tornaremos a procurar para que, de novo, nos proporcione prazer. É esta «recompensa» que nos leva a desejar repetir o comportamento que a gerou. Ou seja, o sistema de recompensa, com a dopamina como peça principal, é o responsável por nos viciarmos nas coisas, boas e más.
Além da dopamina, existem outras substâncias no cérebro envolvidas na experiência do prazer, como as famosas endorfinas ou os endocanabinoides. Depois de as analisar, esta obra aborda alguns dos prazeres da vida mais comuns e os seus correlatos neurobiológicos, sem esquecer que esta é uma questão extraordinariamente individual, pois o que gera prazer em algumas pessoas pode ser muito desagradável para outras.
Coleção apresentada por ALEXANDRE CASTRO CALDAS Neurocientista. Professor catedrático da Universidade Católica Portuguesa