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Diogo do Couto quando voltou ao Oriente, tendo recebido do infante Filipe II a missão de continuar as Décadas de João de Barros. Escreveu as que vão da IV à XII, mas apenas publicou completas a IV, V e VII e um resumo da VIII e IX porque a VI ardeu na Casa da Imprensa, a VIII e IX foram-lhe roubadas, a XI perdeu-se. A XII saiu postumamente.
Entendendo que a história deve dizer "verdades" sem restrições, acaba por sofrer repressão, revelando como a objetividade incomodava aqueles cujos antepassados estavam implicados nos factos que narrava. O historiador criticou os abusos correntes na Índia, protestando frontalmente contra eles.
Além das Décadas, de orações congratulatórias e comemorativas que proferiu em solenidades no Oriente, e do relato do naufrágio da nau S. Tomé, inserto na História Trágico-Marítima, escreveu o célebre Diálogo do Soldado Prático, que contém uma crítica cerrada ao funcionalismo da Índia, pondo a nu a ambição da riqueza, o amor ao luxo, a opressão dos pobres, a falta de dignidade e a deslealdade nas informações ao rei.
Foi guarda-mor do Arquivo da Índia e morreu em Goa a 10 de dezembro de 1616.
Encadernações em meia francesa de pele com dourados na lombada. Mantém as capas de brochura.