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No meio de um oceano de politicamente correcto (felizmente em contracção acentuada nos últimos anos), existe uma ilha maravilhosamente incorrecta. Uma ilha tropical onde a terceira idade não dá «bons exemplos». Onde as crianças são monstrozinhos ocupados a pregar partidas demolidoras, convenientemente sovadas quando apanhadas com a boca na botija. Sobretudo, uma ilha onde a vida é divertida à brava, já lá vão mais de cem anos.
Os Sobrinhos do Capitão, The Katzenjammer Kids de baptismo, nasceram em 1897 da pena de Rudolph Kirk, nas páginas do New York Journal de William Randolph Hearst, o tal que inspirou a figura do Citizen Kane. Não são nem por sombras sobrinhos do capitão, que é um velho lobo-do-mar reformado, hóspede da mãe dos miúdos, juntamente com o seu (quando calha) amigo inspector. Ambos merecem todas as partidas (terríveis) que os manos lhes pregam, e só têm a seu favor a brutalidade e força física. Mas os Davids acabam sempre por chegar para os Golias.
The Katzenjammer Kids/Os Sobrinhos do Capitão são daqueles anciãos radicais que não precisam de operações plásticas, por estarem cada vez mais novos. Mais de um século após a primeira edição portuguesa - em 1899, no jornal satírico lisboeta A Carantonha -, a Gradiva orgulha-se por isso de reeditar este grande clássico, que, juntamente com The Yellow Kid, marca o aparecimento da BD moderna, a dos balões, das estrelinhas sobre a tola, e das onomatopeias.
A aventura vai começar. Atenção às partidas... e às cegadas.