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Brilhante como pianista, não há quem não associe Gabriela Canavilhas à sua acção como ministra da Cultura: uma vida tem dois palcos, o político e o artístico.
Neste livro em diálogo com José Jorge Letria, revela-nos porque se sente açoriana, apesar de ter nascido em Angola e de viver há mais de 40 anos em Lisboa. Um livro que nos mostra bastidores e intimidade de quem foi responsável máxima, cinco anos, da Orquestra Metropolitana de Lisboa e é professora da Escola de Música do Conservatório Nacional.
Gabriela Canavilhas evoca a sua admiração pela obra de Domingos Bomtempo e de Alfredo Keil e as suas memórias de Lopes-Graça. Neste livro-diálogo, conta como evitou a perda da colecção Miró, mantendo-a em Portugal, tal como se empenhou na luta europeia contra a destruição de património artístico pelo Daesh.
É ainda um livro em que Gabriela Canavilhas, numa tese fascinante, nos mostra como as personagens femininas passaram a morrer na ópera, por influência dos filósofos misóginos da revolução francesa. «A ópera mata as mulheres a cantar, elas cantam enquanto morrem. Ora, eu preferia que elas não morressem.»
Gabriela Canavilhas