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«Dá aos homens o pouco que eles pedem, e pede-lhes tudo o que quiseres», sussurrava-lhe a mãe para a ensinar a contrariar a pobreza. Mas Maria dos Prazeres, instintivamente, estava sempre para além de quaisquer ensinamentos. «Tem o olhar da serpente», diziam. E o veneno de Prazeres cedo começou a limpar a carteira dos homens ricos com quem se deitava para dar de comer aos pobres que lhe pediam ajuda. Diabo para uns, uma santa para outros, Prazeres foi aquilo que quis, em cada momento, para quem lhe apeteceu. Arruinou carreiras, destruiu fortunas, e abalou a justiça que também se deitou com ela na cama onde já tinham passado grandes nomes da política, finanças e futebol.