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Trezentos e cinquenta anos após a sua morte, o nome de Maquiavel continua a dividir as opiniões. Quase sinónimo do mal e fomentador de despotismos até os nossos dias para uns, é por outros idolatrado como génio da estratégia, nomeadamente por empresários ambiciosos, mas totalmente inexperientes, que lhes foge à frente.
Contudo, a filosofia da governação de Maquiavel procurava apenas ser científica - não existia nela lugar para o sentimento, a compaixão ou sequer, em última análise, a moralidade. O conselho de Maquiavel - extremamente racional e psicologicamente perspicaz - indica ao príncipe como governar o Estado para a sua máxima vantagem e como permanecer no poder. O que faz com que, mais do que uma simples filosofia política para o seu tempo, a sua obra transmita alguma das mais profundas e perturbadoras verdades da condição humana.
Tendo vivido um momento atribulado da história de Itália, então dividida em cidades-estado autónomas, Maquiavel conheceu desde o mais favorável estatuto no seio do poder até à posição de vítima de tortura e perseguição.
O Príncipe, redigido durante o período mais depressivo da sua vida, exilado dos corredores administrativos, constitui um testamento que não cessa de ser relido no nosso tempo.