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Supondo morto seu marido, D. João de Portugal, na batalha de Alcácer Quibir, D. Madalena de Vilhena casa em segundas núpcias com Manuel de Sousa Coutinho. Deste casamento nasce uma filha, D. Maria de Noronha. Sobre aquele lar, aparentemente feliz, paira no entanto a sombra de uma desgraça, já que D. Madalena vive atormentada com o receio do regresso do primeiro marido.
A fatalidade tão receada acontece quando, na sequência do incêndio do palácio em que vivia Manuel de Sousa Coutinho, a família se muda para a antiga casa de D. Madalena, o palácio de D. João de Portugal. Com o aparecimento de um romeiro, regressado de um cativeiro de vinte anos na Terra Santa, tudo se precipita para um final trágico. Representado pela primeira vez em Lisboa por uma sociedade particular, no teatro da Quinta do Pinheiro, em 4 de Julho de 1843, Frei Luís de Sousa é considerado por António José Saraiva como «uma das maiores criações teatrais do romantismo europeu», conforme atestam as numerosas representações que teve, sendo o próprio Garrett quem interpretou o papel de Telmo Pais aquando da estreia do drama.