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Esta é a história de Safira - uma menina a quem, aos quatro anos de idade, foi diagnosticado um tumor de Wilms, um tipo de cancro no rim tão raro quanto agressivo - e da luta dos seus pais, que correram o mundo em busca de uma terapêutica alternativa para a curar. Eles recusaram prosseguir o tratamento que, à partida, lhes era apresentado como a única salvação para a filha: a quimioterapia. E para isso tiveram de enfrentar não só o corpo clínico do Instituto Português de Oncologia como o Tribunal de Menores, num processo legal sem paralelo no nosso país. A história de Safira tem ingredientes únicos e levanta questões muito pertinentes:
Devem os pais ter o direito de escolher os tratamentos dos seus filhos? Podem os tribunais forçar um internamento, retirando uma criança da guarda dos seus pais? Devem explicar-se detalhadamente às famílias todos os efeitos secundários envolvidos em tratamentos tão agressivos como os que se aplicam na área da oncologia? Estará a prática do «consentimento informado» instituída apenas para desculpabilizar médicos e hospitais no caso de alguma coisa correr mal? Que espaço podem ter as terapêuticas não-convencionais nos tratamentos médicos de menores?
Todas estas questões foram intensamente debatidas pelos pais quando se recusaram a ficar à espera de um milagre que a salvasse. Foram, contra tudo e contra todos, à procura desse milagre. Esta é a história de como o encontraram.