Este livro está na lista de favoritos de 1 utilizadores.
ENCADERNAÇÂO: Capa Mole, Brochura
EDIÇÃO: 1ª Edição
ANO DE EDIÇÃO: abril de 1978
COLEÇÃO:
OBSERVAÇÕES:
Nº PAGINAS: 630
REFERÊNCIA: PTLN2002024
ASSINATURA DE POSSE: Não
SINOPSE:
A obra de Jorge Amado, já tão pródiga em figuras femininas, desde Gabriela a Tereza Batista, passando por Dona Flor, enriquece-se agora com mais uma, de cuja índole o leitor ajuizará pelas páginas deste livro. Chama-se Tieta, e Jorge Amado foi arrancá-la ao Agreste, onde era pastora de cabras, e trouxe-a para este melodramático folhetim, onde a faz viver, perante os nossos olhos, a vida trepidante em que se lhe traduziu a seiva impetuosa que trazia do povo.
Não é por culpa sua que Tieta se vê envolvida nos dramas e nas contradições deste nosso mundo, dramas e contradições onde há tanto de trágico como de grotesco. Não é por culpa sua, nem por culpa do autor, que daí lava as suas mãos. O mundo é que é, e o escriba limita-se a narrar o que lhe contaram, prevenindo desde logo que não assume qualquer responsabilidade… Mas não deixa de convidar o leitor a tomar posição e a elucidá-lo, se disso for capaz…
AUTOR:
Jorge Amado nasceu em Pirangi, Baía, em 1912 e faleceu a 6 de agosto de 2001. Viveu uma adolescência agitada, primeiro, na Baía, no início dos seus estudos, depois no Rio de Janeiro, onde se formou em Direito e começou a dedicar-se ao jornalismo. Em 1935 já se tinha estreado como romancista com O País do Carnaval (1931), Cacau (1933), Suor (1934), seguindo-se Terras do Sem Fim (1943) e S. Jorge dos Ilhéus (1944). Politicamente de esquerda, foi obrigado a emigrar, passando por Buenos Aires, onde escreveu O Cavaleiro da Esperança (1942), biografia de Carlos Prestes, depois pela França, pela União Soviética... regressando entretanto ao Brasil depois de ter estado na Ásia e no Médio Oriente. Em 1951 recebeu o Prémio Estaline, com a designação de "Prémio Internacional da Paz". Os problemas sociais orientam a sua obra, mas o seu talento de escritor afirma-se numa linguagem rica de elementos populares e folclóricos e de grande conteúdo humano, o que vai superar a vertente política. A sua obra tem toques de picaresco, sem perder a essência crítica e a poética. Além das já citadas, referimos, na sua vasta produção: Jubiabá (1935), Mar Morto (1936), Capitães da Areia (1937), Seara Vermelha (1946), Os Subterrâneos da Liberdade (1952). Mas é com Gabriela, Cravo e Canela (1958), Os Velhos Marinheiros (1961), Os Pastores da Noite (1964) e Dona Flor e os Seus Dois Maridos (1966) em que o romancista põe de parte a faceta politizante inicial e se volta para temas como a infância, a música, o misticismo popular, a turbulência popular e a vagabundagem, numa linguagem de sabor poético, humorista, renovada com recursos da tradição clássica ligados aos processos da novela picaresca. O seu sentimento humano e o amor à terra natal inspiram textos onde é evidente a beleza da paisagem, a tradição cultural e popular, os problemas humanos e sociais - uma infância abandonada e culpada de delitos, o cais com as suas misérias, a vida difícil do negro da cidade, a seca, o cangaço, o trabalhador explorado da cidade e do campo, o "coronelismo" feudal latifundiário perpassam significativamente na obra deste romancista dos maiores do Brasil e dos mais conhecidos no mundo. Fecundo contador de histórias regionais, Jorge Amado definiu-se, um dia, "apenas um baiano romântico, contador de histórias". "Definição justa, pois resume o carácter do romancista voltado para exemplos de atitudes vitais: românticas e sensuais... a que, uma vez por outra, empresta matizes políticos...", como diz Alfredo Bosi em História Concisa da Literatura Brasileira. Foi-lhe atribuído o Prémio Camões em 1994.
PODE ENCONTRAR ESTE LIVRO EM: https://www.2worldgroup.com/product-page/tieta-do-agreste
ALFARRABISTA 2WORLDGROUP®
PT2WORLD® - AncientBooks