Serpa Pinto - O Mistério do Sexto Império.

Numa madrugada de setembro de 1878, Serpa Pinto foi despertado pelo som sinistro que cortava o silêncio da noite africana. Em instantes, viu seu acampamento ser cercado por guerreiros enfurecidos. Havia partido da baía de Luanda há mais de um ano e agora resistia no coração da África, a meio caminho entre o Atlântico e o Índico. Após o ataque surpresa, quase tudo estava perdido: sem homens, sem provisões e encurralado, poderia ser o momento de capitular. No entanto, seu espírito resoluto e audaz o impeliu a seguir em frente até as grandiosas cataratas do Zambeze, rumo à contracosta. Ele sonhava com um império singular, como nunca antes visto, unindo todos os reinos africanos num domínio natural que se estendia de Luanda a Lourenço Marques, sob a égide do rei de Portugal, mesmo que isso significasse desafiar interesses ocultos. Naquela noite, ele começou a redigir uma carta ao rei D. Carlos, na qual repetia as palavras "cilada" e "conspiração" três vezes... Mais de um século depois, Sebastião, ao escrever a biografia de Serpa Pinto, se depara com essa narrativa. Mas onde estaria a carta do explorador ao rei? Teria ele alertado D. Carlos sobre os eventos futuros? Em busca de respostas, ele procura Constança Corte-Real, uma especialista em História Africana. Juntos, embarcam na procura pelos escritos de Serpa Pinto, da Sociedade de Geografia de Lisboa à residência em ruínas do explorador em Cinfães do Douro, em busca da chave que desvendará esse enigma. Será que Serpa Pinto enfrentou forças determinadas a impedi-lo de alcançar seu destino? Quem se beneficiaria de uma conspiração para impedir que Portugal ampliasse seus territórios e consolidasse aquele vasto espaço central entre Angola e Moçambique? O jornalista Pedro Pinto, após o sucesso de O Último Bandeirante, nos transporta para a África do século XIX, em um romance repleto de aventuras, mistérios e intrigas.