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O que há de Português na arte moderna Portuguesa
de Rui Mário Gonçalves e Outros
Instituto da Comunicação Social, Palácio Foz. Lisboa, 1998
26x24,5 cm
172 páginas bastante ilustrado, brochado ( encadernação cozida)
Colaboração entre o Instituto da Comunicação Social e Rui Mário Gonçalves organizaram uma exposição de 65 obras de artistas sob o lema: "O que há de Português na Arte Moderna Portuguesa" no Palácio Foz em 1998.
Catalogo da Exposição: Rui Mário Gonçalves e José António Flores
"O modernismo em Portugal surgiu no início do século XX e perdurou até ao final do Estado Novo. O Seu início ocorreu num momento em que o panorama mundial estava muito conturbado. Em 1914 eclodiu a Primeira Guerra Mundial e em 1917 a revolução Russa. Em Portugal este período foi difícil, porque, com a guerra, estavam em jogo as colónias africanas que eram cobiçadas pelas grandes potências desde o final do século XIX. Além disto, em 1911, foi eleito o primeiro presidente da República.
O marco inicial do modernismo português foi a publicação da revista Orpheu, em 1915, influenciada pelas grandes correntes estéticas europeias, como o Futurismo, o Expressionismo, etc., reunindo Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros, entre outros. A sociedade portuguesa vivia uma situação de crise aguda e de desagregação de valores.
"Pintura", Amadeo de Souza-Cardoso (1917), Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Dominguez Alvarez (c. 1931-1934)
Dominguez Alvarez, Casario e quatro figuras (c. 1931-1934)
Os modernistas portugueses respondem a esse momento, deixando atrás o acanhado meio cultural português, entregando-se à vertigem das sensações da vida moderna, da velocidade, da técnica, das máquinas. Era preciso esquecer o passado, comprometer-se com a nova realidade e interpretá-la cada um a seu modo."