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Com uma nova abordagem da filosofia rompendo com os limites e incoerências do passado Friedrich Engels e Karl Marx fundaram o socialismo científico ao desenvolverem os fundamentos teóricos do socialismo e do comunismo transformando-os em filosofia do proletariado. De modo a combater as concepções de Eugène Dühring – que em 1875 publicou uma obra procurando construir uma nova e completa teoria do socialismo em uma clara tentativa de destruir o que outros filósofos e economistas escreveram anteriormente especialmente Marx – Engels publicou uma série de artigos e três destes formam o livro Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico. No Capítulo I Engels assinala os méritos das teorias socialistas do passado (principalmente as dos socialistas utópicos) discute seus limites e equívocos e salienta que ‘para converter o socialismo em ciência era necessário antes de tudo situá-lo no terreno da realidade’. No Capítulo II sintetiza características do método dialético (em oposição ao metafísico) e da concepção materialista (em oposição à idealista) mostra que é a concepção materialista de história (o materialismo dialético-histórico) que permite a análise científica do modo capitalista de produção o entendimento de como se dá a exploração do trabalho sob esse regime e a demonstração da necessidade e possibilidade de sua superação. ‘Desse modo o socialismo já não aparecia como a descoberta casual de tal ou qual intelecto genial mas como o produto necessário da luta entre as duas classes formadas historicamente: o proletariado e a burguesia’. No Capítulo III analisa as contradições básicas do capitalismo (capital x trabalho: burguesia x proletariado) e as suas manifestações no conflito entre as forças produtivas e as relações de produção: ‘a incompatibilidade entre a produção social e a apropriação capitalista’: ‘o antagonismo entre a organização da produção dentro de cada fábrica e a anarquia da produção no seio de toda a sociedade’.