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"Já se passaram quinze anos desde que a espada foi enfiada naquela pedra. Agora o aço, outrora brilhante, está enferrujado, a pedra gasta e manchada pela força dos elementos. No entanto, a ametista em forma de águia ainda reluz, mantendo inalterável o seu brilho majestoso.
Trata-se da espada de Macsen Wledig. A Espada da Bretanha. Um dia pertenceu ao Imperador Máximo - assim como a Constantino, Aurélio e Uther depois dele, cada qual rei supremo da Bretanha no seu tempo próprio.
Sim escoaram-se quinze anos desde esse primeiro conselho. Quinze anos de obscurantismo e contendas permanentes, de discórdia, desilusão e derrota. Quinze anos em que, mais uma vez, os Saxões se fortaleceram. Quinze anos para um rapaz atingir a sua maioridade.
Agora já mancebo, detém-se, de rosto sombrio, diante da espada profundamente mergulhada na pedra... hesitante, cheio de dúvidas.
- Retira-a, Artur - diz-lhe Merlim. Estás no teu direito.
Artur estende lentamente a mão para o punho de bronze. Esta treme-lhe. Frio? Medo? Um pouco de nada, provavelmente."