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Para quem pensava que o futebol foi utilizado pelo Estado Novo como uma arma de propaganda, este livro será uma surpresa. Escudado num sólido e sério trabalho de pesquisa de fontes, o autor dá-nos uma outra visão da relação entre a Ditadura, o desporto e o futebol em particular, pautada pela desconfiança em relação ao profissionalismo e ao espectáculo. Mais: para um regime eminentemente conservador e tradicionalista, o futebol transpirava demasiada modernidade para ser adoptado como um dos seus lazeres preferidos. Trata-se de uma análise rigorosa e desmitificadora de algo até agora aceite na opinião comum, sempre tão propensa a juntar o "F" de Futebol aos "FF" de Fado e Fátima como factores de alienação da sociedade portuguesa daquele tempo.