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A orientação que se segue nesta obra resulta da convicção de que a investigação pedagógica deveria ser encarada em moldes diversos dos que têm sido utilizados. Não por considerarmos errado ou de menor valia aquilo que tem sido realizado, mas, apenas, por uma questão de operacionalidade, isto é, por tomarmos como ponto de partida uma conceção pragmática da ciência - o valor da ciência advém do seu poder de explicação e, portanto, de intervenção. Entenda-se por poder de explicação uma determinada inteligibilização do real que, utilizando o menor número possível de meios, permite o máximo de operacionalidade na reestruturação desse real.
Assim, centrámo-nos na observação de situações pedagógicas, partindo de um princípio e utilizando uma metodologia. O princípio é o da significação intrínseca; a metodologia, a observação naturalista. O princípio assenta numa perspetiva fenomenológica: a unicidade da situação é a garantia da identidade e da significação do comportamento. A metodologia decorre de uma visão etológica do Homem: todo o comportamento expressa uma função do indivíduo enquanto inserido num meio.