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O enredo de "O Sol Nasce Sempre" (Fiesta) decorre na Europa após o termo da Primeira Guerra Mundial. Se exceptuarmos o toureiro Pedro Romero, todos os seus outros personagens principais se expatriaram dos Estados Unidos da América ou da Grã-Bretanha.
E todos eles, quer tivessem vindo em busca de aventura ou de algo indefinido com que preencher o vazio das suas vidas, tinham acabado por instalar-se em Paris.
Esta celebrizara-se, nos anos 20, graças à boémia esfuziante dos seus cafés e da sua intelectualidade. Aí se podiam, com efeito, encontrar pintores como Picasso, Miró ou Matisse, ou mulheres como a americana Gertrude Stein, que criara uma tertúlia onde diversos artistas plásticos ou escritores como James Joyce, F. Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway se juntavam para trocar ideias. Mas se Paris garantia assim a todos uma vida interessante, a verdade é que muitos a sentiam também como vazia. De modo que, à semelhança aliás do que acontecera a Hemingway e a alguns dos seus amigos, um certo número de personagens deste romance pretenderão escapar à sofisticação e à corrupção da grande cidade, refugiando-se no universo mais tradicional da Espanha daqueles anos.
E porque muitos se reconheceram neste retrato de uma geração sem raízes, O Sol Nasce Sempre (Fiesta) tornou-se rapidamente um romance de culto para os jovens europeus do período de entre as duas guerras.