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Contemporâneo da fabricação em série, do motor e da mecanização, nascidos da ciência moderna, o cinema é a arte da civilização própria da máquina; é este o eixo central em torno do qual Elie Faure desenvolve as suas apaixonadas reflexões em Função do Cinema, dos mais belos e vibrantes textos escritos até hoje sobre a 7.ª arte, numa linguagem poética de fôlego épico.
Associando e comparando o cinema com a pintura, a dança, o teatro, a arquitectura, a música, identifica a sua natureza profunda, ao mesmo tempo rítmica e plástica, sublinhando o seu carácter novo de criação colectiva, e extraindo daí destino, vocação e mística.
As análises proféticas de Elie Faure coincidem praticamente em todos os aspectos com as orientações que posteriormente a este escritor o cinema (e as outras artes também) viria a assumir.