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edição de luxo profundamente ilustrada, encadernada em tecido.
O Kama Sutra foi escrito para benefício do mundo, segundo os preceitos da Sagrada Escritura, por Vatsyayana, quando se encontrava inteiramente entregue à contemplação da divindade. Esta afirmação só parecerá estranha a quem desconhecer o carácter marcadamente erótico do Cântico dos Cânticos, livro que, no entanto, os Judeus não hesitaram em acolher entre os que compõem a Bíblia. Também no meio em que foi escrito o Kama Sutra foi sempre rodeado de uma veneração quase religiosa e o seu autor referido como Grande Profeta.
Estamos, no entanto, em presença de um dos grandes clássicos da literatura erótica, que é para a cultura hindu o que A Arte de Amar, de Ovídio (n.º 84 desta colecção), é para o Ocidente e O Jardim Perfumado (n.º 129 desta colecção) para a cultura árabe.
Composto entre os séculos I e IV da nossa era, o Kama Sutra só no século passado se tornou conhecido no Ocidente, mercê da tradução que dele fizeram os ingleses Sir Richard Burton e Forster Arbuthnot.
Se é verdade que muitos dos seus leitores buscam no livro sobretudo os motivos eróticos, quem queira ultrapassar os aspectos superficiais encontrará aqui um documento profundamente elucidativo duma concepção de vida bem diferente daquela a que estamos habituados. E não será esse o mérito menor da obra.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
"Mundialmente aclamado como livro fundador da literatura erótica, esta é uma das obras deste género que mais edições já conheceu. Não obstante as explícitas imagens que acompanham muitas das edições disponíveis, esta é uma obra imbuída de grande espiritualidade, desempenhando um papel fundamental na cultura hindu (...) Toda a vertente mitológica está bem patente nesta obra, onde o sexo é enquadrado na ascese do homem."
João Morales, Agosto de 2005