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Há beijos que não se esquecem. Podemos começar assim. Porque todas as histórias são histórias de amor. Mas podíamos também falar das três mulheres portuguesas (Amália, Anita e Teresa) e dos três homens ( o francês Fabien, o italiano Julián e o catalão Carlos Ruiz). Aparentemente tão diferentes e tão distantes. Na idade, na sensibilidade, no país onde vivem. E, no entanto, cada um, à sua maneira, na sua cidade europeia, está perdido. No seu mundo, e no seu tempo. Todos procuram uma fuga. Porque há um momento na vida em que temos de matar algo em nós para podermos continuar vivos. Hoje, a intimidade encontra-se no café do bairro, no fado que sai das janelas para as ruas de Lisboa, numa esplanada numa cidade italiana, ou num mundo inventado, numa ilha da Second Life. Porque o homem precisa de poder continuar a sonhar. Esse é o tempo das cerejas. Que chega com o sabor da tentação da Primavera e a promessa do Verão.