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a máquina de fazer espanhóis é um motivo muito sério de reflexão sobre o momento presente. (…) A perda é sentida duramente e dá lugar a uma reflexão sobre o envelhecimento, a surpresa e a angústia. Os temas são de uma atualidade premente – tudo parece estar em causa quando chegamos ao fim de um caminho, ou quando esse termo se anuncia, mas sobretudo quando não sabemos quanto restará.
Guilherme d’Oliveira Martins
Impacta-me que, exatamente quando da minha entrada na velhice, chegue-me às mãos o trabalho de um jovem em que a contemplação do inexorável avanço da idade é a motivação de um exercício exuberante de escrita, onde a força da memória vocabular e emocional (força que define um verdadeiro escritor) surge luminosamente.
Caetano Veloso, Prefácio
a máquina de fazer espanhóis é um dos mais importantes romances contemporâneos. Surpreendente retrato da vida dos velhos, este livro fala intimamente dos fantasmas da portugalidade e da candura que, afinal, existe mesmo nos momentos mais tristes.
A vida de um barbeiro reformado é o modo de ilustrar os conceitos de família e solidão, amizade e compromisso.
Este é um livro delicadíssimo, corajoso e inesquecível.