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Que Philip José Farmer é um dos maiores autores de ficção científica do nosso tempo, todos o sabem. Mas importa dizer que a série do "Mundo do Rio" - (Riverworld), é a mais importante da sua obra.
Corpos nús, sem cabelos, jovens, à deriva no infinito. Um vivo, sabendo que devia estar morto. Mas para Richard Francis Burton, aventureiro e mulherengo, aquela impossível aventura das suas próprias Mil e Uma Noites, não é um sintoma de loucura, mas um fenómeno novo que importa explorar.
O Mundo do Rio, no entanto, é difícil de suportar, mesmo para o espírito flexível de Burton. Entre as margens dos rios e nas montanhas que os rodeiam, estão reunidos corpos - e possivelmente as almas - de todos os mortos da Terra, desde os tempos de Neanderthal até datas muito longe no futuro de Burton. Há mesmo alguns brincalhões no grupo, como Monat e Grrauttut, um alienígena de Tau Ceti. Mas se aquilo é a vida depois da morte, não é o Céu. Os habitantes acabados de despertar são tão capazes de violar, pilhar e mesmo matar como na sua existência anterior. E muitos morrem e tornam a morrer para depois ressuscitarem como Lázaro das suas sucessivas mortes. Há qualquer coisa infinitamente artificial naquele curioso Limbo, desde a ausência de vida animal até ao contínuo fornecimento de comida, bebida, roupas e drogas. Em qualquer parte, Alguém, para fins inescrutáveis, está a realizar uma complexa experiência.