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É uma voz de pureza, de sinceridade, de fraternal e viril coragem perante a vida, este «Alentejo é Sangue», que Antunes da Silva escreveu e que sai agora revisto e aumentado em nova edição.
Contista e cronista admirável, cristalino, naturalmente simples, pujante de poesia - alguns críticos consideram que ao conto se deveria devotar com mais frequência este escritor de cepa transtagana - que possui um estilo muito pessoal e é considerado já hoje como uma das expressões mais válidas da literatura portuguesa contemporânea.
O festejado autor de "Suão" e "Terra do Nosso Pão", este romance proibido pela censura fascista e que apareceu recentemente em nova tiragem, retrata-nos com viva atualidade e precisão a reforma agrária, num texto que analisa costumes e inventaria questões sociais muito pertinentes, de autêntica grandeza literária.
Ferreira de Castro escreveria a Antunes da Silva por reconhecer nele, para além do escritor que admirava, um grande amor à terra natal: O Alentejo deve orgulhar-se de si! E assim é.
Homem fugido aos aparatos publicitários, continua, no entanto, a contar-nos as excelentes histórias do seu território, donde ressalta a poesia tão natural de ambiente de sabor popular.
Este «Alentejo é Sangue» é, de facto, um livro de poesia e de saudade, que deveria ser adotado nas escolas técnicas e liceus, pelo que representa de desvelado patriotismo e amor à grei.