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Em 1998, Shyima tinha apenas oito anos. Passava os dias a brincar com os irmãos. Estava longe de imaginar que nunca mais os veria...
Filha de gente pobre no Egito, Shyima serviu para "saldar" uma dívida que a sua irmã contraiu com uma família abastada do Cairo.
A partir desse momento, não mais soube o que era brincar, ser acarinhada ou sequer descansar. Trabalhava dia e noite, movida pelo terror das ameaças dos seus "donos", que a obrigaram a mudar-se para os Estados Unidos aos dez anos.
Shyima foi brutalmente afastada de tudo o que conhecia mas as condições do cativeiro mantiveram-se. O seu "quarto" era uma divisão assustadora na garagem, sem luz ou água. Privada da infância e de qualquer calor humano, limitava-se a observar enquanto as crianças da família se divertiam no parque, na piscina ou na Disneylândia. Um golpe de sorte levou a que a sua situação fosse denunciada… mas o caminho para a liberdade seria ainda longo e árduo.
Hoje em dia, Shyima orgulha-se de ser uma cidadã norte-americana. Neste relato comovente, a jovem alerta-nos para o facto de a escravatura ser algo bem real e não apenas parte dos livros de História. Com a mesma coragem e determinação com que sobreviveu ao cativeiro, luta incansavelmente por todas as pessoas que, como ela própria, foram privadas de dignidade e do direito universal à liberdade.
apenas marcas do tempo
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