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Grande voo sobre as décadas que marcaram o fim da era vitoriana, este é o romance que fez de Virginia Woolf, em 1937, uma das autoras mais vendidas dos dois lados do Atlântico.
Dos arredores de Londres, o coronel Pargiter regressa a casa depois de visitar a amante. Estamos em 1880, a Primavera está incerta, e esperam-no a vasta prole e a mulher, muito doente. São os sete filhos do casal que ganham carne, espírito e vida em pequenos retratos individuais: Eleanor, vinte anos, tem o seu centro moral na ajuda aos pobres; Milly, Delia e Rose são o trio de irmãs mais novas; e o conjunto fica completo com Morris, Martin e Edward, este último em Oxford e que tem na prima Kitty o objecto da sua paixão.
Esmagada pela pressão da guerra, pelas restrições sociais do patriarcado, do capitalismo e do Império, a família sente também a ameaça crescente do fascismo. E, enquanto o pavio de cada ano arde, a teia de relações entre irmãos, família e outros espécimes humanos de uma Inglaterra em transformação dar-nos-á um quadro em que o individual dá lugar ao geracional e, depois, a uma bela, melancólica e, hélas!, esperançosa visão da década de 1930.
Romance sobre o tempo e as formas poliédricas que toma nas nossas vidas, o último livro da autora publicado em vida havia de se tornar um êxito retumbante, transformando-a num dos nomes mais lidos em todo o mundo.