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Em meados do século II a.C., as gentes de Entre-Douro-e-Minho viviam, com razoável inconsciência, os derradeiros anos da sua civilização. No Leste e no Sul da Península Ibérica, a República Romana já se implantara e as suas legiões procuravam alargar esse domínio, mas no Noroeste a ameaça parecia longínqua, tanto mais que os Numantinos e os Lusitanos mostravam ser um formidável obstáculo ao avanço romano, sobretudo a partir do momento em que um certo guerreiro, chamado Viriato, assumira a chefia da resistência lusitana.
Mas, de súbito, estes obstáculos caem: Numância submete-se, ainda que temporariamente, e Viriato é morto à traição. E o procônsul Décimo Júnio Bruto marcha para Norte, passa o Tejo, entra na Lusitânia e aproxima-se das margens do Douro...