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Castro Soromenho nasceu em 1910 em Chinde, Moçambique, filho de pai português (que foi governador na Lunda)de e mãe caboverdeana. Cedo veio para Angola. Passou parte da infância e da juventude em Angola. Muito jovem trabalho como recrutador de mão de obra numa empresa mineira, exercendo depois funções coloniais. Trabalhou como chefe do posto na Lunda. Mas aproveitou essa sua qualidade para investigar a vida das populações locais, que serviram de matéria prima para a sua obra.
Aos 27 anos parte para Lisboa onde se dedica à actividade jornalística e inicia a sua brilhante carreira de escritor. O conhecimento profundo do processo colonial, seus agentes e suas vítimas, os estudos de cultura e história africanas, com particular acento sobre as raízes do processo nacionalista angolano, a escrita directa e rigorosa, fazem com que muitos o considerem já um clássico da literatura angolana. Exilado em Paris publicou diversos artigos na imprensa local a favor do nacionalismo e das populações desfavorecidas angolanas.
Leccionou na década de 60 em universidade brasileiras e norte-americanas, sobre a cadeira de Sociologia da África Negra. Faleceu em S. Paulo(Brasil), em 13 de Janeiro de 1968.
Publicou "Nhári- o drama da gente negra" (1939), "Noite de angústia"(1939); "Homens sem caminho" (1942); "Rajadas e outras histórias"(1943; "Calenga"(1945; "Histórias da terra negra"(1960) e a trilogia de camaxilo: Terra morta(1949), A chaga(1957) e Viragem(1970).