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»Nós não vemos só com os sentidos; vemos, misturadamente, com a inteligência também. Elimino, agora, a hipótese, já anormal, da alucinação. Refiro-me apenas à experiência normal. Um exemplo: passo por uma rua e vejo um homem caído no passeio. Instintivamente me pergunto: por que é que este homem caiu aqui? Já aqui vai um erro de raciocínio, e, portanto, uma possibilidade de erro de facto. Eu não vi o homem cair ali. Vi-o já caído. Não é, portanto, um facto, para mim, que o homem caísse ali. O que é um facto, para mim, é que ele está caído ali. Pode ser que tenha caído noutro lugar e que o tenham transportado para ali; muita coisa mais pode ser. Creio ter-lhes mostrado bem como é complicado o que parece tão singelo. É preciso, em qualquer problema, separar-se cuidadosamente, logo no princípio, os dados e as conclusões . . . »
1ª edição
*Exemplar com dedicatória e assinatura do Autor