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"Presidenciáveis é uma das palavras que será mais lida e escutada em Portugal ao longo de 2015. Sucede sempre assim de dez em dez anos, quando termina um ciclo em Belém: o Chefe do Estado está impedido pela Constituição da República de candidatar-se a um terceiro mandato.
Estamos em tempo de recomeço: a próxima eleição presidencial ocorrerá em Janeiro de 2016. É o momento de traçar cenários, à esquerda e à direita. Geralmente são muito redutores. Giram sempre em torno dos mesmos nomes, que mal ultrapassam a meia-dúzia: é um vício antigo do jornalismo político português, tantas vezes incapaz de ir além do óbvio.
Aqui propõe-se um exercício diferente. Conjugando esses nomes que já estão por toda a parte com outros que ninguém associa a campanhas presidenciais - e que talvez até nunca tenham pensado nisso - mas são bem conhecidos dos compatriotas. Incluindo figuras fora da esfera política.
E porque não? A nossa lei fundamental estabelece como critérios a cidadania portuguesa e a idade mínima de 35 anos, não reservando a Presidência da República a profissionais da política. No passado tivemos médicos, escritores, militares e até um antigo director de jornal como inquilinos do Palácio de Belém.
Aqui ficam 70 presidenciáveis - comprovando-se assim que Portugal está muito longe de ser o deserto de talentos que alguns imaginam. Todos com prós e contras. Uns para levar mais a sério que outros. E porque não também? A política - ensinou-nos Churchill - nunca deve ser totalmente dissociada do exercício da ironia.
Entre eles há-de estar seguramente quem suceda a Cavaco Silva. E talvez até quem suceda a esse sucessor."