CRISTO VIVIDO (Meditações)

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CRISTO VIVIDO (Meditações)
Autor(a)
Padre F.Cândido O.F.M. (Cap. )
Género Literário
Religião
Desenvolvimento pessoal
Não ficção
Outro
Sinopse

CRISTO VIVIDO  (Meditações)

Padre F.Cândido O.F.M. Cap. )

Edição. Difusora Bíblica

Ano da edição - 1964

Páginas: 313

Dimensões: 160x120 mm

Peso: 228

IS 1543325890

 

Exemplar em bom estado

PREÇO: 10.00€

 

 

INTRODUÇÃO

Há muitos homens que desejam legar à Humanidade uma recordação perpétua da sua pessoa, para que se lhes aprecie a figura, a fisionomia e o valor.

 

Os pintores retratam na tela a sua imagem, dando- -lhe a expressão que mais lhes agrada. E a isto costuma dar-se o nome de auto-retrato. Os fotógrafos também o costumam fazer. Mas o auto-retrato, por mais expressivo que seja, não penetra na vida intima do autor. Não nos fala do seu espírito, do seu coração ou da sua obra.

 

Alguns literatos, ao escreverem as suas autobiografias, costumam dar-nos uma espécie de auto-retrato. Ao escrevê-las, relatam-nos pormenores só deles conhecidos, mas não dizem o que são na realidade. Ainda que aparentem grande sinceridade, ocultam muitas coisas que não lhes convém revelar.

 

O auto-retrato, quer na pintura, quer na fotografia, quer ainda na autobiografia, tem sido muito usado na

época moderna. Porém, há aproximadamente vinte séculos, um homem legou-nos o auto-retrato mais perfeito que existe no mundo. E esse homem Cristo.

 

Jesus não pintou a sua imagem na tela, nem gravou na cartolina. Nem sequer escreveu a se auto-biografia. Nem consta que tivesse escrito alguma coisa a não ser algumas palavras que traçou com o dedo nas pedras de um dos átrios do Templo, quando lhe apresentaram a mulher adúltera,

 

Contudo, os evangelistas conservaram algumas dsa palavras que Ele pronunciou e nas quais fala de Si próprio. Palavras essas que, se forem por nós meditadas, veremos como contém um perfeitíssimo auto-retrato da sua Pessoa. Nessas palavras Jesus declara-mo com toda a simplicidade e sinceridade tudo o que Ele é. Elas relatam-nos a sua origem divina, a mensagem que Ele trouxe ao mundo, as obras que realizou o seu espirito, a sua vida intima, as virtudes de que nos dá exemplo... Ele transmite-nos tudo através delas.

 

Jesus não é como os outros homens. Estes, a falarem de si próprios, dissimulam frequentemente todos os defeitos, para exagerarem as boas qualidades, Jesus declara sempre a verdade. A sua linguagem vem do alto. Ele, ao conversar com os Judeus, declara-lhes que não fala por impulso próprio, E diz-lhes  «falo conforme o meu Pai Me ensinou» (Jo. 8, 28). Aquele que Me enviou é verídico, e «Eu comunico ao mundo o que Lhe ouvi» (Jo. 8, 26).

 

Jesus diz de Si próprio aquilo que nunca nenhum homem pode dizer. Se não fosse verdade aquilo que Ele afirma, seria um louco ou um malvado. Mas Ele apresenta-se sempre sereno, perfeitamente equilibrado. Todo Ele respira santidade. Nunca existiu homem tão perfeito, tão senhor de si mesmo e tão virtuoso.

 

Há que acrescentar a isto os milagres realizados para confirmar as suas palavras, e tais milagres provam até à evidência a veracidade delas. Eles dão testemunbo de que Ele era o Messias verdadeiro.

 

Quando o Baptista enviou da prisão a alguns discipulos, para perguntarem a Jesus se Ele era verdadeiramente Aquele que estava para vir, isto é, o Messias esperado, Jesus contentou-se com fazer à vista deles alguns milagres, e disse-lhes: «Voltai para junto de João, e dizei-lhe o que vistes e ouvistes» (Mat. 11, 4).

 

A fim de esboçarmos este auto-retrato de Jesus, fomos respigando nos Evangelhos 50 textos dos mais expressivos, em que Jesus falasse de Si próprio. Porém, não os copiámos nem os comentamos por ordem cronológica, mas doutrinal. Começamos com a preexistência de Jesus para acabarmos com a sua segunda vinda ao mundo.

 

Como os nossos  leitores serão oportunidade de ver, Jesus, em alguns destes textos, fala directamente de Si próprio, como, por exemplo, quando afirma «Eu sou a luz do mundo… Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Este Eu não é como o eu dos homens. É um eu  majestático, um eu de  pessoa divina. É como o Eu do Senhor quando fala no Antigo Testamento, dizendo : «Eu sou o Senhor, teu Deus» (Ex. 20,1); «Em encho o céu e a terra» (Jer. 23, 24).

 

Outras vezes, Jesus fala-nos da sua Pessoa de modo indirecto, Isto é, dê-nos a conhecer os seus ideais, os seus desejos, as suas preferências, como, por exemplo, quando exclama: «Deixai que as criancinhas se aproximem de Mim»

 

Jesus, quando nos fala de Si próprio, intitula-se com frequência Filho do homem. Esta frase na linguagem bíblica quer dizer simplesmente homem, embora em Daniel (7, 13) seja uma expressão que indica ser sobrenatural. Filho do homem era um titulo messiânico, que nunca penetrou completamente no ambiente judaico. Neste livro colocam-se em primeiro lugar os 50 textos em conjunto, para que o leitor possa saboreá-los numa rápida vista de todos. Depois, são citados novamente no principio de cada capitulo, imediatamente seguidos pelas circunstâncias em que Jesus pronunciou as suas palavras. Por último, acrescentam- se umas breves reflexões que contêm um comentário dogmático e doutrinal.

 

Amável leitor, lê e medita atentamente este auto-retrato de Cristo, para aprenderes o que Ele é em Si e o que significa para todos os homens. Depois de o leres e meditares, ficarás com um conhecimento de Cristo tão intimo e prático, que ficarás verdadeira- mente enamorado pela sua divina Pessoa.

 

 

 

 

 

Idioma
Português
Preço
10.00€
Estado do livro
Exemplar em bom estado
Portes Incluídos
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