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VERDE PINO –
Antologia de autores portugueses (1974)
Hirondino Fernandes e António Cabral
Porto Editora – 1974
Páginas: 510
Dimensões: 230x165 mm.
Exemplar em bom estado. Ligeiro desgaste da capa.
PREÇO: 15.00€
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PREFÁCIO
Desabrocharam, em viço e frescura, ao sol radioso deste Abril de 74 as flores todas da Terra Portuguesa.
VERDE PINO, por força do seu estado de adiantamento, não pôde colher muitas daquelas de que gostaria, mas, mesmo assim, está certo de oferecer, de entre as mais representativas das épocas e autores consignados nos Programas, as que melhor respondem às exigências do leitor.
Ao fazê-lo, optou por uma ordem cronológica, de forma a que seja o próprio leitor a proceder às arrumações que entender por bem — romantismos, realismos, conto, novela... — e, no que respeita å ortografia, certo de que a rudeza de roupagens das mais antigas, por agora, não serve senão para as lançar no descrédito, para que em todos se enraíze o gosto pela página impressa, limitou-se à patine que baste a não tomar por novo aquilo que vem de há séculos.
Assim procedendo, cremos que em nada se alterou a sua voz: as flores que constituem VERDE PINO continuam, meiga e suavemente, a dizer-nos que, vivo e são, o amigo espera estar connosco antes do prazo saído!
No mais... ai está, a iniciar as NOTAS, a integração histórico- cultural que cada uma e todas as flores implicam — Comece por essas páginas, ou vá lá parar, posteriormente, o leitor, que assim as situar no tempo, e até no espaço, um espaço que, em muitos casos, deverá, e talvez possa, ultrapassar as limitadas barreiras portuguesas — e ai está, no final também, o Vocabulário, que tornará acessível ao aluno a leitura de todas elas.
As nótulas biográficas são reduzidas ao essencial e surgem logo, junto do texto, como elementos tantas vezes imprescindíveis para a sua compreensão.
Quanto à ilustração, procurámo-la viva, actuante, susceptível de levar às mais longas caminhadas, uma vez provocado o diálogo que se impõe. Para tal, gravuras como as de BERNARDIM (cfr. o fac-simile da primeira página da Menina e Moça, ed. de Ferrara, pág. 67, com o texto da página 66), ou CAMOES (cfr. o texto da primeira estrofe de Os Lusíadas, pág. 112, com o respectivo fac-símile- outra edição; os retratos das págs. 107 e 111; os pelicanos da pág. 115) ou... quase todas as mais, pois que, fugindo à insípida galeria de retratos, que nada dizem, todas elas procuram ser janela aberta, espelho fiel da obra do autor - sempre que artista de génio soube captar a sua maneira de ser, pensar ou sentir (cfr. CAMILO, EÇA, TEIXEIRA DE PASCOAIS, etc., etc.).
Ilustração são ainda os múltiplos intérpretes de algumas das melhores páginas da nossa literatura, cuja voz, em espiras, de há muito que corre mundo, para só esporadicamente entrar nas nossas aulas por falta de antologias que lhes abram as portas.
Pois não duvidámos em dar guarida a essas páginas, de preferência a tantas outras por que têm sido substituídas - no que vamos ao encontro de quanto, sobre o assunto, de longa data, vem infrutiferamente preconizando os Programas dos nossos ensinos preparatório, liceal e técnico.
Também sobre algumas dessas melhores páginas se têm debruçado alguns dos melhores didactas do Português COSTA MARQUES, NELLY NOVAES COELHO, MASSAUD MOISĖS, LÁZARO CARRETER CECÍLIA DE LARA, L. CARVALHÃO BUESCU, etc., etc.
Pareceu-nos serem de anexar a esta antologia tais indicações, na con- vicção do contributo que poderão prestar como ponto de partida para a aná- lise dos textos, dado que, ainda que não perfilhados, os exemplos apontados, por certo, se hão-de tornar úteis face ao caminho a trilharmos... mesmo que mais não seja para seguir outro rumo.
Por isso se indicam, após o Vocabulário, acrescidos de um ou outro novo tratamento que hajam tido os temas anteriormente estudados e uma ou outra fonte histórica, por nos parecerem igualmente de interesse.
A maior parte dos textos que formam VERDE PINO são, assim o cremos, auténticas flores que, ressumando fragrância, darão saborosos frutos. Apreciem-nas os olfactos já exercitados ou predispostos para tal; saiba o pro- fessor, como lhe cumpre, por seu engenho e arte, preparar nesse sentido os demais
Na última parte desta antologia procurámos pór-lhe nas mãos alguns dos elementos nossos conhecidos que poderão ajudá-lo a atingir a mela. Imperfeições, lacunas, muito erro notará atéo menos entusiasta destes novos (assim... como a salve-rainha!) métodos. Mas este e os mais quer ram todos, em espirito de să camaradagem, apontar-no-los.
EPOCA MEDIEVAL
SÉCULOS XII – XIV
Poesia Trovadoresca
Cantigas de amigo
Cantigas de amor
Cantigas de escárnio e maldizer
Os romances de Cavalaria
Século XV
A Historiografia
Fernão LopesGomes
Eanes de Zurara
A poesia palaciana
ÉPOCA CLÁSSICA
SÉCULO XVI
Gil Vicente
Bernardim Ribeiro
Francisco de Sá de Miranda
João de Barros
Fernão Lopes de Castanheda
Damião de Góis
A LITERATURA DE VIAGENS
Luís Vaz de Camões
António Ferreira
Frei Amador Arrais
SÉCULO XVII
A poesia Cultista e conceptista
Frei Luís de Sousa
Francisco Rodrigues Lobo
D. Francisco Manuel de Melo
Padre António Vieira
Padre Manuel Bernardes
SÉCULO XVIII
António José da Silva ( O Judeu)
Luis Antonio Vernet
Pedro António Correia Garção
António Diniz da Cruz e Silva
Nicolau Tolentino de Almeida
Tomás António Gonzaga
Manuel Maria Barbosa Du Bocage
ÉPOCA CONTEMPORÂNEA
SÉCULO XIX
Almeida Garrett
Alexandre Herculano
Camilo Castelo Branco
Soares de Passos
João de Deus
Ramalho Ortigão
Júlio Diniz
Antero de Quental
Eça de Queirós
Oliveira Martins
Gonçalves Crespo
Gomes Leal
Guerra Junqueiro
Cesário Verde
Fialho de Almeida
Trindade Coelho
António Nobre
SÉCULO XX
Raul Brandão
Camilo Pessanha
Eugénio de Castro
Augusto Gil
Teixeira de Pascoais
Afonso Lopes Vieira
Aquilino Ribeiro
Fernando Pessoa (e heterónimos)
Mário de Sá-Carneiro
Florbela Espanca
Ferreira de Castro
João de Araújo Correia
Gomes Ferreira
José Régio
Vitorino Nemésio
Rodrigues Miguéis
António Gedeão
Miguel Torga
Joaquim Paço D’Arcos
Soeiro Pereira Gomes
Alves Redol
Marmelo e Silva
Vergílio Ferreira
Fernando Namora
Sophia Andresen
Urbano Tavares Rodrigues
Eugénio de Andrade
Sebastião da Gama
José Cardoso Pires
Augusto Abelaira