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Oriundo de uma família tradicionalista da aristocracia portuguesa, Ruy Siqueira cedo fintou o caminho que lhe estava destinado para abraçar uma vida de facinantes e vertiginosas emoções. Rebelde e subversivo, viajou pelo mundo de guitarra na mão, esgalhou as mais inacreditáveis peripécias e conheceu os músicos mais afamados dos anos 80, de Elton John aos Dire Straits.
A sua vida foi um desfilar estonteante de celebridades, festas e concertos; uma vida cujos dias preenchia com sexo, drogas e rock'n¿roll, o melhor que pôde e tanto quanto pôde, até, finalmente, a dura realidade bater à porta: tinha 30 anos e pesava o mesmo em quilos, estava adicto à heroína injectada e tinha a própria vida presa por um fio.
Depois de passar por uma experiência de abuso e exploração nos centros de tratamento do afamado Patriarche, depois de inúmeras reuniões nos Narcóticos Anónimos, em Londres e em Lisboa, depois de recaídas violentas e desesperadas, Ruy Siquiera conseguiu, contra todas as expectativas e com uma sorte de cão, agarrar-se à vida.
Hoje vive pacatamente no Alentejo com as duas mulheres da sua vida, a Fátima e a sua filha Carlota.
Este livro, escrito com o coração aberto e com muita coragem, é um relato impressionante que não só nos proporciona uma profunda reflexão sobre toda a geração da década de 80 ¿ cujo lema de vida foi live fast, die young ¿, mas também, e sobretudo, sobre o grave problema da droga e das suas incalculáveis consequências.