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Representou a Idade Média uma interrupção do desenvolvimento na civilização, ou, pelo contrário, um progresso real, nos domínios da política, do social e da moral? Foi ela ou não um parêntesis tenebroso na história da humanidade, apenas rompido pela Renascença? Quando comparada ao estado anterior da sociedade europeia, terá sido ela ou não um período de retrocesso e decadência, enfim, uma era das trevas que a invasão dos bárbaros desencadeou?
Em paralelo com o surgimento do regime feudal, foi a mulher subjugada ou emancipada? E a família, foi esmagada ou saiu reforçada? E quem trouxe para as idades modernas a liberdade individual: as raças germânicas ou o cristianismo?
A reforma protestante, a revolução francesa e a filosofia alemã, não serão afinal conclusões lógicas da Idade Média, na religião, na política e na metafísica?
Neste debate, travado em 1873, Oliveira Martins e Júlio de Vilhena, com contributos de Antero de Quental, sempre numa perspectivação multifacetada - histórica, jurídica, filosófica e sociológica -, colocam em confronto teses radicalmente distintas, que ainda hoje alimentam apaixonantes controvérsias.