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Residente em Guernesey, onde possui uma das mais belas propriedades da ilha, Guy Brouard, milionário de sessenta e nove anos e grande sedutor, continua a ignorar os rigores da idade e os banhos de mar em pleno mês de Dezembro não o assustam. Porém, um dia, o seu cadáver é encontrado na praia com uma pedra enfiada na garganta.
A polícia local — que se recusa a atribuir a culpabilidade a um natural da ilha — acusa imediatamente do crime China River, fotógrafa americana que ali se encontra de passagem. Sua amiga de longa data, Deborah Saint James, convencida de que a polícia está enganada, chega de Londres, acompanhada do marido Simon, para a conseguir tirar da prisão. Para Deborah, o culpado é outro.
Poderia a paixão de Guy Brourad pelas mulheres estar na origem da sua morte? Possivelmente. Mas nada é certo, pois o milionário distinguiu-se noutros domínios, como por exemplo, quando redigiu um testamento em que lesa os filhos e favorece os afilhados e seduziu vários habitantes da ilha com a realização dos seus projectos, sem depois cumprir as promessas, criando assim, de uma só vez, uma multidão de descontentes, que constituem outros tantos suspeitos...
Ao mesmo tempo que Elizabeth George mostra um claro prazer em invocar o Inverno nas Ilhas do Canal, trata, como sempre de extrair com elegante ferocidade os erros destas personagens. Quer sejam apenas imaturas ou gravemente perturbadas, são todas passadas pelo crivo da sua perspicácia. Talvez nos queira, mais do que nunca, demonstrar que o inferno são os outros. No seu sexto romance em Portugal, Elizabeth George coloca como personagens principais o casal constituído por Simon Saint James, médico-legista que, acabou por se transformar num talentoso perito judiciário, e a sua inflamada esposa Deborah, que passara três anos nos Estados Unidos a estudar fotografia. Uma estada que tem em "Um Ninho de Mentiras" uma importância significativa.
«Elizabeth George escreve como Agatha Christie no seu melh