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Ela nasceu casinha. E sempre que a primavera a visitava, o seu regaço florescia. Mas quando as pessoas chegaram, a saia verde que ela vestia começou a transformar-se. As casas espreguiçaram-se, as ruas alargaram-se e as janelas entreabriram-se com o sopro das histórias que moravam dentro. Numa das janelas havia um menino que passava as tardes inteiras a conversar com a sua amiga. Até ao dia que ele teve de partir.