Caleidoscópio do Mundo (As Terras, As Coisas e os Homens).

LIVRO:

-Caleidoscópio do Mundo (As Terras, As Coisas e os Homens) de Jorge Marinho.
Tem 329 páginas.
Ficha técnica:
Composição de Manuela Cortez dos Santos.
Capa e arranjos gráficos do autor com colaboração de Luís Costa, na reprodução fotográfica.
Impressão e acabamento de Esferográfica - Artes Gráficas, Lda, 2005.

*EXEMPLAR EM EXCELENTE ESTADO, conta com rubrica e dedicatória do autor ao Dr. Duarte Pessoa.

Retirado do Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Volume V, Publicações Europa-América:
"Ao longo da sua vida médica desempenhou vários cargos de relevo, como por exemplo; Director do Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva do Hospital Pulido Valente, e assessor científico Médico da Escola de Saúde Militar. Foi membro da Academia da Marinha, da secção de História da Medicina, da Sociedade de Geografia de Lisboa, da World Society of Surgery, do American College of Gastenterology e da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM). O Professor Rolando Moisão, para além da Medicina e do Ensino Médico, dedicou parte da sua vida às Artes, nomeadamente à literatura, sendo autor de oito obras, a maior parte das quais assinadas com o pseudónimo de Jorge Marinho, nome que adoptou “provavelmente, pelas suas ligações com o mar e as actividades náuticas”. Ilustre Médico, Mestre de Medicina e escritor, desempenhava as funções de Director da Biblioteca Histórica da Ordem dos Médicos, de que foi fundador, ao ter recuperado dos escombros grande parte do seu acervo. No campo das Artes, fez a sua primeira incursão pelo jornalismo, com entrevistas e reportagens, aos vinte anos de idade, de que resultou a sua última obra intitulada “Caleidoscópio do Mundo”.

Era também um humanista, um homem de cultura, que, na azáfama da actividade profissional, arranjava tempo para as letras e para a náutica, que o fascinavam. Falava amiúde e de forma entusiástica das suas deslocações a bordo do iate que comandava e deixou obra literária consubstanciada na publicação de vários livros, nos quais é possível comprovar que o seu talento não se confinava ao exercício da profissão de professor e cirurgião.

Com o pseudónimo de Jorge Marinho, deu ao prelo: Obra Poética I; Obra Poética II, Encanto Discreto da Clínica, As Ideias, as Cores, as Formas e os Sons, Histórias da Terra e do Céu e Elogio do Pecado, culminando numa colectânea de reportagens e entrevistas realizadas na fase de jornalista, iniciada quando tinha 20 anos, na obra Caleidoscópio do Mundo, que foi publicada no ano em que nos deixou.

Com este curriculum, não surpreendeu que, após a jubilação, se tenha entusiasmado com a organização da Biblioteca Histórica da Ordem dos Médicos, de que foi fundador, impulsionador e director, recuperando inúmeras obras valiosas que já se consideravam perdidas para sempre. Este trabalho foi indispensável para a Ordem dos Médicos ter, finalmente, uma biblioteca que a dignifica e constituiu o mote para a sua última obra, A Biblioteca Histórica da Ordem dos Médicos, que publicou com o seu próprio nome.

Era um homem de bem e genuíno na forma de estar na vida, um intelectual simples e sóbrio, como é timbre das pessoas com inteligência superior, com uma enorme capacidade de ouvir e compreender os outros e de aceitar ideias e sugestões, dedicado a causas sem a expectativa de usufruir de lucros ou proventos.

Fazia tudo com entusiasmo contido e impunha-se pelo exemplo e pela retidão de carácter que o caraterizavam. Influenciou e ajudou todos com quem conviveu enquanto professor, colega ou amigo mais experiente e sabedor, estimulando a formação de homens com conhecimento abrangente em matérias que transcendem os conteúdos curriculares. Por isso, para os amigos e discípulos, o Professor Moisão permanece bem vivo na memória de todos os que tiveram o privilégio de beneficiar do seu são e amigo convívio académico, do saber e da erudição de um mestre que prodigalizou ensinamentos a todos os seus discípulos. O seu exemplo fica na memória dos nomes grandes da Medicina Portuguesa

A Ordem dos Médicos prestou-lhe uma mais que merecida homenagem ao dar o nome do Professor Doutor Rolando Moisão à Biblioteca que com tanta sabedoria e carinho organizou, reconhecendo-lhe os méritos e contribuindo para “perpetuar” o seu nome na “casa dos médicos” que ele tanto prestigiou.

Com a obra “Histórias da Terra e do Céu” obteve uma Menção Honrosa da Sociedade de Escritores e Artistas Médicos, publicou ainda um livro de ensaios “As Ideias, as Formas, as Cores e os Sons.”

Obras principais: Palavras de Circunstância, (contos, 1993); O Encanto Discreto da Clínica, (1996); Histórias da Terra e do Céu, (1996)."