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LIVRO:
-D. Gonçalo da Silveira por Bertha Leite.
Edição Agência Geral das Colónias (editorial Ática).
1° edição, 1946.
Tem 384 páginas + X ilustrações a p/b, em papel couché.
Peso: 900 gramas.
*EXEMPLAR EM BOM ESTADO.
SINOPSE
Silveira nasceu em Almeirim. Foi o décimo filho de Dom Luís da Silveira, primeiro conde de Sortelha e de Dona Beatriz Coutinho, filha de Dom Fernando Coutinho, Marechal do Reino de Portugal. Perdendo os pais na infância, foi criado pela irmã Filipa de Vilhena e pelo marido, o Marquês de Távora.
Foi educado pelos Frades Menores do convento de Santa Margarida até 1542, data em que entrou na Universidade de Coimbra, ao fim dum ano em 9 de junho de 1543, foi recebido na Companhia de Jesus pelo Padre Miron, reitor do colégio jesuíta de Coimbra .
Foi depois nomeado em 1555. A nomeação foi aprovada por Santo Inácio de Loyola alguns meses antes de sua morte. O mandato de Gonçalo na Índia durou três anos. Costumava dizer que Deus lhe dera a grande graça da inadequação para o governo – aparentemente baseando-se em uma certa falta de tato ao lidar com a fraqueza humana.
O provincial seguinte, António Quadros, enviou Silveira ao campo missionário inexplorado do sudeste da África. Desembarcando em Sofala a 11 de março de 1560, seguiu para Otongwe perto do Cabo das Correntes. Lá, durante sua estadia de sete semanas, ele instruiu e batizou o chefe de etnia Makaranga, Gamba, mais cerca de 450 pessoas. Perto do final do ano, começou a subir o rio Zambeze para uma expedição à capital do Império Monomotapa, que parece ter sido a vila de N'Pande no Zimbábue, perto do rio M'Zingesi, um afluente do sul do rio Zambeze. Chegou em 26 de dezembro de 1560, e permaneceu aí até sua morte. Durante este período ele batizou o rei e um grande número de súbditos.
Porém alguns árabes de Moçambique, revoltaram-se contra o missionário, e ele foi estrangulado em sua choça por ordem do rei.
A expedição enviada para vingar a morte de Silveira nunca chegou ao seu destino e o seu apostolado terminou abruptamente por falta de missionários para continuar seu trabalho
CAMÕES DEIXA O SEGUINTE SOBRE O CORAJOSO PADRE:
“Vê do Benomotapa o grande Império,
De selvática gente, negra e nua,
Onde Gonçalo morte e vitupério
Padecerá, pela fé santa sua.”
— Luís de Camões, Os Lusiadas, Canto X, Estância XCIII.