D. Thereza Rio-Maior.

LIVRO:

-D. Thereza Rio-Maior, por Hemeterio Arantes.
Edição de Auctor e Livraria Ferreira, 1916.
Tem 44 páginas, capa dura em branco, conta com 2 retratos (o primeiro de D. Thereza de Saldanha Oliveira e Sousa, o segundo é da Madre Geral das Terceiras Dominicanas).
SINOPSE
Opusculo biográfico, escrito por o jornalista Hemeterio Arantes, editado no mesmo ano que morreu a biografada, onde ela pede ao autor que a venda do mesmo revertesse para uma das suas "obras pias, que ela desveladamente protegia".
Teresa Rosa Fernanda de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Sousa, foi uma religiosa dominicana, fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena e pintora portuguesa.
Proveniente de uma família mui nobre, na sua infância, teve aulas em casa, foi iniciada na prática da misericórdia, através da Associação de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, que a sua mãe fundou em 1848, foi também a sua mãe que a iniciou na pintura e na música, após ter revelado possuir um dom inato para a as artes.
Após completar a maioridade e fazer o voto de castidade, tomou a decisão de se dedicar inteiramente a Deus e ao serviço dos pobres. Três anos depois, fundou a Associação Protectora das Meninas Pobres, dedicando-se à educação de crianças pobres e à alfabetização e promoção de jovens operárias, através de aulas externas, provenientes sobretudo de Alfama.
Em 1862 as ordens religiosas em Portugal, foram forçadas a abandonar o país.
Em 66, Teresa de Saldanha tentou fazer o noviciado na Irlanda, mas foi impedida pelo pai, que se opunha à escolha de vida religiosa de sua filha. Somente dois anos depois, conseguiu partir para Inglaterra, onde iniciou o noviciado com o nome de Irmã Teresa Catarina Rosa Maria do Santíssimo Sacramento, regressando a Portugal para dar início ao seu plano de criação duma congregação de Irmãs Dominicanas, seguidora de Santa Catarina de Sena.
Em 1877, com o seu património comprou a Quinta e o Palácio de São Domingos de Benfica, em Lisboa, criando as bases para a fundação da Casa-Mãe da congregação. Pouco depois fundou oficialmente a Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, restaurando a vida religiosa em Portugal, promoveu a abertura de dispensários, asilos e colégios, para protecção dos mais pobres.
Com a Implantação da República Portuguesa, em 1910, os bens da congregação foram confiscados e as Irmãs Dominicanas foram obrigadas a dispersar por todo o planeta, onde implantaram novas comunidades para continuarem o seu apostolado, sob o lema "fazer o bem sempre e onde seja possível". Quem ficou em Portugal foi acolhido pelas próprias famílias ou por amigos e apesar de perseguidas tentaram continuar a missão.
Sem bens Madre Teresa de Saldanha viu-se então forçada a alugar uma pequena casa na Rua Gomes Freire.
Faleceu a 8 de janeiro de 1916, com 78 anos. Durante a sua cerimónia funerária, gerou-se uma grande e espontânea manifestação popular de apreço pela sua vida e obra, sendo documentados e relatados pela imprensa da época alguns episódios onde várias pessoas tentaram tocar no seu hábito durante o seu velório, sendo considerando por muitos como uma santa.

*EXEMPLAR MANUSEADO, EM BOM ESTADO.
**Obra de interesse histórico, heráldico, católico e monográfico.