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LIVRO:
(FAC SIMILE. O original foi publicado em 1718)
-Historia do Futuro.
Livro
Anteprimeyro
Prologomeno a toda a história do futuro, em que se declara o fim, & se provão os fundamentos della.
Materia, Verdade, & Utilidades da Historia do Futuro.
Escrito pelo padre
ANTONIO VIEYRA
da Companhia de Jesus, Pregador de sua Magestade
Lisboa Occidental,
Na officina de Antonio Pedrozo Galram.
Com todas as licenças necessarias, Anno de 1718.
Edição Fac Simile, comemorativa dos 500 anos da Biblioteca de Coimbra.
Editado por A Bela e o Monstro, em 2013.
Tem 379 páginas.
Imprensa em papel Soporset e digitalizada de forma a ser em tudo idêntica à primeira edição, contém anotações nos lados, carimbo de posse da Biblioteca do seminário da Boa Nova em Valadares, ou até mesmo algumas imperfeições.
SINOPSE
Esta obra, iniciada em 1649 e reencetada uns 15 anos mais tarde, está inacabada, devido às circunstâncias precárias em que o autor, António Vieira, se encontrava entre 1663 e 1666. Conservou-se o plano do tratado, pelo qual sabemos que a História do Futuro devia compor-se de sete livros e tratar de 59 questões. O assunto principal desta obra era o da instauração do Quinto Império ou do Reino consumado de Cristo na Terra - este reino de mil anos duraria até à vinda do Anticristo e seria um reino universal, a abranger todos os continentes, todas as raças e todas as culturas; um reino cristão e católico, que havia de rematar a conversão dos hereges, maometanos, pagãos e judeus; um reino de paz e harmonia regido por Cristo, mas não diretamente: o governo espiritual seria exercido pelo papa de Roma e o governo temporal por um rei português. Não se sabe ao certo quem seria esse monarca mundial, dado que se desconhece a obra na sua íntegra, mas aponta-se para D. Sebastião, D. João IV ou um dos seus dois filhos. Provavelmente, o candidato mais plausível seria D. João IV. Não se sabe exatamente quantas questões enformam esta vasta obra a que Vieira consagrou, durante alguns anos, toda a sua energia, nela depositando a sua confiança. Só se tem conhecimento que três dessas questões, e ainda não de todo concluídas, foram encontradas nos apensos ao seu processo inquisitorial, onde fazem parte dos onze maços que o autor teve de entregar à Mesa no dia 14 de setembro de 1665. Estes fragmentos só foram editados no século XX.António Vieira fez preceder esta obra de um livro introdutório que fornece esclarecimentos preliminares sobre o espírito profético. É o chamado Livro Anteprimeiro, em que pretendeu definir o espírito profético, dividir as profecias em canónicas e não canónicas e, finalmente, demonstrar que o Reino de Portugal, desde a sua fundação, fora um dos temas prediletos dos diversos profetas. Deste livro constam 12 capítulos que tratam a "matéria, verdade e utilidade da História do Futuro". Vieira deu-lhe o subtítulo de "Esperanças de Portugal": o Livro Anteprimeiro é uma exaltação da pátria portuguesa, escolhida entre todas as nações do Mundo para propagar a fé cristã, predestinada a "descobrir o mundo ao mesmo mundo" e muitas vezes diretamente visada pelos profetas do Velho Testamento, entre os quais Isaías pode ser considerado como um "cronista dos descobrimentos de Portugal".
In Infopédia.