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LIVRO:
-O Cruzador "REPÚBLICA" na China em 1925, 1926 e 1927 (relatórios do comandante chefe das forças navais portuguesas no Extrêmo Oriente) por Comodoro Guilherme Ivens Ferraz.
Edição Ministério da Marinha portuguesa (Publicação ordenada por sua excelência o ministro da marinha em seu despacho de 6 de Outubro de 1930).
1º edição, 1932.
Tem 654 páginas salpicadas com inumeras fotos, gravuras, quadros e desdobráveis + Apêndice com XVIII páginas.
Contém as capas de origem e a excelente encadernação particular tem o título e autor marcado a ouro na lombada.
Dimensão 24,5cm x 17cm.
SINOPSE
Subsídios para a História da Guerra Civil da China e dos Conflitos com as Potências.
A implantação da república em 1912 na China, resultou em revoltas por todo o país entre os fiéis ao Império e os republicanos de Sun Yat-Sem, o país vivia numa guerra civil sem fim á vista.
Após a morte da Imperatriz Zu-Hsi (conservadora), deu-se origem a uma aversão aos estrangeiros, que eram acusados de terem humilhado o país! Afirmavam que foram obrigados a abrir os portos ao comércio internacional e a aceitarem os "Tratados desiguais" (a guerra do ópio tinha sido há 70 anos, mesmo assim ainda estava na memória).
Sucederam-se as perseguições aos estrangeiros e a reclamação dos territórios ocupados. Embora Macau nada tivesse a ver com os referidos Tratados, acabou por ser alvo de um violento manifesto em que se exigia a expulsão imediata dos portugueses e foi por isso que corajosamente o REPÚBLICA foi defender Macau.
O relato do Comodoro Guilherme Ivens Ferraz neste livro, acompanhado de imagens vai muito além de um simples registo histórico, o livro em si, é um marco na nossa cultura e na nossa história.
*EXEMPLAR EM EXCELENTE ESTADO.
Está numerado, foi uma oferta do Exc. Comandante da Armada ao Major de Infantaria, o Sr Paulo Augusto Rego (Governador da Província do Sul do Save, Moçambique).
Contém ExLibris Veritas Institia.
**Na decada de 1920 nada indicava que a China seria um país comunista. Pelo contrário. A esquerda chinesa passou a ser perseguida em 1927, depois que Chiang Kai-shek tomou Xangai.
Desde 1911, quando houve a vitória da revolução republicana, o país não tinha sido pacificado.
O governo central em Pequim controlava parte do território. O centro e o sul eram dominados pelos "senhores da guerra", que tinham exércitos próprios e não davam satisfação de seus atos. Foi nesse cenário que nasceu, em 1921, o Partido Comunista Chinês. O partido no poder central, o Nacionalista (Kuomintang), comandado por Sun Yat-sen, pregava a amizade e colaboração com a Rússia e com os comunistas chineses.
No entanto, quando Sun morreu em 1925 o frágil equilíbrio foi rompido. Chiang Kai-shek virou o líder do Kuomintang e no ano seguinte, em junho, iniciou uma campanha contra os "senhores da guerra" para unificar o país. No final de março de 1927, o vitorioso exército entrou sem disparar nenhum tiro em Xangai, o mais importante porto da China. Nessa mesma época, havia em Xangai uma greve organizada pelos nacionalistas e seus então aliados bolcheviques.
Mas Chiang Kai-shek não pretendia dividir o poder com os comunistas. E ordenou que todos presos e executados. A China, então, ficou sob o domínio dos nacionalistas em 1928, quando Zhang Zolin, senhor feudal da Manchúria, o último a resistir, foi assassinado, e seu filho e sucessor aceitou a tutela de Chiang Kai-shek.