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LIVRO:
(em francês)
-Stefan Zweig Grand Européen, por Jules Romains.
Éditions de la Maison Française, Inc.
Nova York.
1º edição, 1941.
Tem 60 páginas em papel Midwood.
SINOPSE
STEFAN ZWEIG Grand Européen.
O livro em si é uma palestra dedicada a Zweig, proferida por Jules Romains, poeta, dramaturgo e autor, alguns meses antes do início da 2° Guerra Mundial.
Contudo o livro foi editado em 1941, quando Romains estava exilado em Nova York e nele escreveu o prefácio sobre o momento actual. Quando o livro foi publicado é portanto, excepcionalmente comovente.
Ao proferir a sua palestra original, a Europa ainda está em paz, quando escreve o prefácio alguns meses depois, essa esperança foi destruída pela blitzkrieg e pela série implacável de vitórias e conquistas alemãs que começou em setembro de 1939 e continuou até Stalingrado no início de 1943.
No momento em que Romains escreveu o seu prefácio, porém, Zweig ainda estava vivo, e isso era suficiente para ele manter uma pequena fé no futuro:
"Nós, que desde 1914 passamos por um dos piores períodos da história da humanidade, podemos dizer uns aos outros que talvez venhamos a conhecer um período melhor, um pouco melhor, se conseguirmos superar este e vivermos o suficiente. Dure o tempo que dure, mesmo que dure mais do que nós!"
Ele não sabia que Zweig já estava a mergulhar numa depressão profunda que o levaria, no início de 1942, a cometer suicídio, juntamente com a sua esposa, numa pequena cidade do Brasil.
"O mundo da minha própria língua desapareceu para mim e o meu lar espiritual, a Europa, destruiu-se a si próprio... Acho melhor concluir em boa hora e com dignidade uma vida em que o trabalho intelectual significou a mais pura alegria e a liberdade pessoal o maior bem na terra”, escreveu Zweig em sua última nota.
Não podemos dizer como esse conhecimento pode ter alterado a visão de Romains. Mas, ao saudar um contemporâneo que ele admirava e respeitava muito, Romains estava, na verdade, escrevendo o obituário de uma geração única.
Esses homens viam-se como europeus – defensores da cultura ocidental e da fé no Iluminismo e no progresso humano, em vez de franceses, alemães, austríacos ou italianos. Apesar dos inevitáveis obstáculos ao longo do caminho, dos solavancos e sacudidelas causados por xenófobos, racistas e fundamentalistas, o progresso em si estava, ou assim pensavam eles, destinado a avançar.
Acima de tudo, eles acreditavam no que Romains chama de «senso crítico», que era a antítese dos movimentos políticos que então atingiam o seu auge:
Em que consiste agora o infortúnio humano e, acima de tudo, que coisas horríveis ameaçam a humanidade? Qual é o principal perigo? É um excesso de compostura, de razão ou de senso crítico? Deus sabe que não! Pelo contrário, é o rápido desenvolvimento entre as massas dos novos fanatismos: fascismo, racismo, nacionalismo e comunismo, ou misturas deles em diferentes proporções...
É a proscrição desenfreada de todo o senso crítico, de todo o jogo lúcido da razão...
*EXEMPLAR EM EXCELENTE ESTADO, capa protegida por papel arroz removível.
Foi feito numa tiragem especial de 1000 exemplares em papel Midwood, este é o número 364.