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Livro:
-Uma visita em Portugal em 1866, de Hans Christian Andersen.
Tradução do dinamarquês de Silva Duarte.
Coleção "Livros de Verão 2001".
Edição "O Independente", com patrocinio GALP energia, ano 2001.
Tem 113 páginas + Apêndice.
SINOPSE
"Hans Christian Andersen esteve em Portugal de 6 de Maio a 14 de Agosto de 1866, escreveu no Figaro de 1866, durante a sua estada no nosso país, as suas impressões sobre Lisboa e Setúbal, em cartas para Robert Watt, publicadas nos n.os 35 e 50 desse jornal. As partes respeitantes a Aveiro e Coimbra foram publicadas em For Romantik og Historie de H. P. Halst, I, 1868, antes de as utilizar na descrição completa da viagem. Curiosamente, em cartas escritas de Portugal para a Dinamarca, proibiu expressamente a publicação destas, assim mostrando a intenção de escrever uma obra sobre o nosso país. A visita que nos fez, encontra-se também resumida em História da Minha Vida (Mit Livs Eventyr).
Na Dinamarca guardam-se algumas recordações da viagem de Andersen a Portugal, na Biblioteca Real de Copenhaga e na Casa-Museu de Andersen em Odense, como o desenho do Aqueduto das Águas Livres feito pelo contista numa carta para a S.a Henriette Collin, uma carta de Castilho, o passaporte de Andersen utilizado na viagem a Portugal, a conta das despesas dessa viagem, um pedaço de cortiça levado de Setúbal.
Como veio à mente de Andersen realizar uma viagem a Portugal? A história começa com o conhecimento de dois portugueses em Copenhaga, José e Jorge O'Neill, nos tempos da juventude, quando ainda aprendiz de belas letras e quase ignorado. O encontro deu-se em casa do Almirante Wulff onde os dois irmãos estavam instalados, idos para a Dinamarca para aprenderem o idioma deste país. Aí se demoraram por quatro anos, durante os quais Andersen manteve contacto com eles, tendo depois os dois portugueses partido para a Suécia e regressado ao Reino. Alguns bons anos volvidos, Andersen já escritor mundialmente consagrado, recebe o pedido duma recomendação para Portugal dum compatriota que vai fazer uma viagem à Península. O contista lembra-se do amigo de juventude, Jorge ONeill, então já cônsul da Dinamarca em Lisboa e escreve-lhe, recebendo pronta e amável carta que felizmente se conserva.
O'Neill convida-o com entusiasmo a ver o seu país («...o nosso pequeno Portugal é um país muito interessante...) e incita-o a empreender a viagem («alma y adelante ce n'est que le premier pas qui conte). E diz Andersen na Visita: «...a que se seguiram outras cartas, renovando nos mais calorosos termos o convite de ir eu também visitá-lo, ver a sua bela pátria, hospedando-me na sua casa e na do irmão, onde estaria como na minha própria, tudo aceitar tão bem quanto sentimentos entusiásticos o prometiam e cumpriram. O convite recebido deixou-o perplexo, tendo registado no diário: «à... noitinha carta de Jorge O'Neill com o seu retrato e convite para ir a Lisboa; despertou-me grande vontade de empreender esta viagem, mas depois veio o receio..."
**EXEMPLAR em BOM estado, nunca foi usado.