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Livro
-Adágio, de Faure da Rosa.
Edição Seara Nova.
1 edição, 1974.
Tem 141 páginas.
*EXEMPLAR MANUSEADO, EM BOM ESTADO.
SOBRE O AUTOR
Faure da Rosa (escritor anti fascista, ligado ao movimento neo realista):
O escritor e poeta José Manuel Mendes evocou na Assembleia da República o nome do companheiro José Faure da Rosa, referindo o seu legado literário.
No estudo de problemáticas tão diversas como as do meio urbano ou rural, procurou enlaçar os conflitos sociais numa época de combustão e renovo com a indagação psicológica em todas as latitudes.O homem confrontado com o real, posto perante opções decisivas, foi um dos seus temas dilectos. Não há na estratégia artística de Faure da Rosa esquematismo ou duplicidade; tudo se passou numa zona profunda de fronteira onde se operam os actos conscientemente assumidos. Exegeta finíssimo das contradições ideossensíveis e políticas da pequena e média burguesia no tempo da ditadura, como de tecidos sociais impregnados de disforia, pôde transmitir-nos, através das suas páginas, um legado de combatividade e de esperança que só podia ter desaguado no Abril de tantas colectivas hipóteses de construção.
Sonhou com esse dia uma vida inteira. Teve-o, como nós o tivemos, e morreu em pleno coração do crepúsculo, antes dos primeiros sinais de um novo horizonte.
Num dos textos que escreveu, a propósito do perecimento de uma das sua personagens centrais, procedeu a estas secas e amargas reflexões:
Aformosearam-lhe o funeral com homenagens, pessoas graves, belos discursos, tudo perpetuado em duas colunas do jornal diário. Dias volvidos haviam-no substituído e, como é de regra, esquecido. Bem gostaria que este acto, honrando o grande escritor e combatente da liberdade, do 25 de Abril, que foi Faure da Rosa, meu camarada, viajeiro dos anelos comuns, contribuísse, de modo positivo, para que sobre ele se alongasse a luz de uma permanência sem reservas na nossa comunidade cultural. Isso mereceu com o seu labor exemplar; só isso devemos. E tanto é.