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Livro:
-Chinanga, de Cartaxo e Trindade.
Coleção Unidade (exclusiva para autores nascidos ou radicados nas províncias ultramarinas)
Agência-geral do ultramar, 1969.
1 edição.
Tem 64 páginas.
Autor que, com a sua obra e com as suas opções de vida, radicalmente concitou ora concordância ou discordância, ora acaloradas amizades ou inimizades, Cartaxo e Trindade viveu vários anos em Moçambique, tendo vindo a exercer o cargo de assistente universitário de Filologia Românica em Lisboa, durante o início da década de 1970. Sendo no final dessa década um militante da amizade e do intercâmbio com o mundo árabe (era entusiasta defensor da singularidade da via política e cultural então iniciada pela Líbia) veio a falecer vítima de SIDA, em data que não foi possível precisar.
Antes deste volume, tinha Cartaxo e Trindade publicado os livros de poesia Leve Aragem das Noites (1966), Treze Poemas Medievos (c. 1967) e 3. Sexo Seixo (1968), anunciando-se em Chinanga o aparecimento para breve da Antologia da Novíssima Poesia de Moçambique e de Saudade Ronga (poesia), obras que, contudo, não se encontram referenciadas na B.N.L.
O seu livro Chinanga é dedicado a doze poetas e poetisas de Moçambique, que o autor classifica como os "novos das letras de Moçambique". Entre eles, encontra-se Luís Bernardo [Honwana (n. 1942, a quem dedicou o poema Mamana, M'Chovane e Eu, cuja primeira estrofe é a seguinte:
"aperto em meus braços de solidão
a velha aldeia no monte de micaias
m'chovane de algumas cantinas
ermo cerrado flores negras
estrada de terra batida
onde o sol doura o doirado do orvalho santo
as palhotas ficam metidas entre os arbustos
e o capim cresce entre a terra e a lua(...)"
Este discurso escrito, isento de maiúsculas e de qualquer pontuação e por isso próximo da oralidade, já tinha sido levada a outros extremos, conjugados com um aparente caos discursivo, no seu anterior livro
*Exemplar em muito bom estado.