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“Matai-vos Uns aos Outros”, romance de estreia do escritor ribatejano Jorge Reis, foi mesmo o livro distinguido no ano de 1963. Militante do Partido Comunista, Jorge Reis tinha partido para o exílio em Paris em 1949, com pouco mais de 20 anos. Na capital francesa conviveu com os escritores e intelectuais portugueses que, a braços com a repressão salazarista, ali procuravam refúgio, como foi o caso da escritora Maria Lamas, a quem o livro é dedicado. Longe de Portugal, das suas raízes e do contacto diário com a língua, Reis, que trabalhou também como jornalista na RTF, adiava a concretização de um romance e foi graças ao incentivo de Maria Lamas que finalmente avançou.