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Maria, poisando as mãos esguias na balaustrada de granito, ficou a olhar absorta as águas múrmuras do mar.
...E eu, homem de som e de ritmo, a quem a materialidade raramente enleva, contemplava maravilhado o talhe «primitivo» das suas mãos, duma brancura de magnólia aberta, e todas enredadas de veiazinhas azuis.
E eu que, por uma estrofe sem mácula, daria de bom grado todos os sagrados mármores da Hélada, senti nesse instante quanto de milagroso haveria em domar a bruteza dum «bloco» de Paros até que o cinzel afeiçoasse nele a infinita candura daquelas mãozinhas débeis...