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O que a manteve com o estatuto de delito foi o facto de não ser natural e livremente consentida: visa produzir a alienação de uma pessoa, que deixará de se pertencer e que estará submetida, sem resistência, aos desejos do operador.
Há uma linha de continuidade histórica no que respeita aos ritos, crenças e teorias em que se funda a magia sexual que vai da Idade Média ou do Renascimento até ao século XX, com recorrências e afinidades que provam, no fundo, que os anseios fundamentais do Homem não se modificaram visivelmente ao longo dos tempos. Mas a magia sexual não se processa sempre tendo em vista desígnios benévolos e positivos. O sexo é, desde tempos imemoriais, uma forma de energia e de poder que pode visar os mais diversos objectivos. Alexandrian refere ainda certas experiências sexuais colectivas, a «magia auto-sexual» e a «mística da masturbação», fazendo uso de um riquíssimo espólio documental que lhe permite ir do Tao e do Yoga Tântrico às mais divergentes dissertações medievais ou renascentistas.
- Título original La Magie Sexuelle
- Tradução Ana Margarida Paixão
- 1.ª edição 2002
- Páginas 288